Hoje estou muito, muito triste. De repente é como se todas as tristezas, mágoas, dor, viessem como uma tempestade, engolfando-me... choro meus amados, que se foram, choro as perdas, as ausências, as carências, eu mesma...
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Estranho que parece que eu estava anestesiada por toda a dor, que eu vinha presenciando e sentindo; os acontecimentos pareciam um filme, no qual eu era uma espectadora. Estão gravados em mim, mas só agora consigo ter sua dimensão exata. É preciso ir até o fundo, reviver momentos, esgotar os sentimentos. Será que conseguimos, realmente, ou só os reciclamos, até que um dia fiquem adormecidos em nós?
Quando parece que consegui organizar minhas gavetas, desfazendo-me do que já não me serve mais, um determinado lugar, fala, música, comida, cheiro; enfim, um pequeno e casual ato, trás de volta uma avalanche de lembranças, que me inundam e balançam minha tão batalhada paz.
Viver é esta eterna luta entre o hoje, nossa realidade- o momento presente, nossas vivências passadas e nossas expectativas futuras. Encontrar o equilíbrio, buscando aterrar no presente, sem esquecer as duras lições que enfrentamos e sem perder a fé, a doçura e a certeza que ainda temos o que construir e que vale a pena persistir, é nossa batalha diária.
Acredito que quase todos enfrentam momentos assim. É continuar, batalhar, tentar, a cada dia, conhecer-nos melhor e poder fazer escolhas conscientes. Seguir, como diz Gilberto Gil, com fé!
Dê sua visão, compartilhe . É, na troca que crescemos, compreendemos melhor a nós mesmos e aos demais.
Cida Guimarães
27/01/2025
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