Qual realidade? A minha, a tua? Cada um a enxerga de forma individual, dependendo da estrutura psicológica, do nível de maturidade e envolvimento da pessoa, sendo, esta, usualmente, distinta da nossa.
O que é real? Como lidar com nossas percepções da vida e dos acontecimentos? A minha, com tudo que atravessei, nestes últimos anos, está, indubitavelmente, maculada, distorcida por meus sentimentos controversos.
Os próprios eventos históricos são narrados, com nuances distintas por historiadores. Não há uma versão única para fatos de ordem diversa. Cada participante lembra, foca e salienta aquilo, que na sua visão foi determinante. Muitos fatores influenciam as diversidades, sendo o, principal, nosso envolvimento emocional. Quando estamos emocionalmente envolvidos, nem sempre conseguimos olhar para a realidade de forma isenta, lúcida e coerente. Aceitar uma verdade nua e crua sacode nosso emocional e, óbvio, buscamos uma forma de adocicar e amenizar a ingestão de uma pílula, demasiado, amarga.
Além de perceber a realidade de forma distinta, também cada um lida à sua maneira, com a mesma. Há os que negam os fatos, os que amenizam ou distorcem os mesmos, e os que olham, sofrem, mas encaram a situação, buscando formas de lidar com ela. É algo pessoal, e não há como julgar pois nossas reações são determinadas por nossa personalidade e história de vida.
Entretanto, somente quando conseguimos olhar com isenção, racionalizar o fato e suas implicações, tentando colocar-nos no lugar do outro, conseguimos encontrar um lugar de aceitação e paz.
Cida Guimarães
28/12/24
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