Todos temos nosso "Calcanhar de Aquiles" ou seja, nosso ponto vulnerável, sujeito a fraquejar, suscetível a ataques externos, e derrotas internas.
Você já identificou o seu?
Você já identificou o seu?
É, relativamente, fácil! Há que fazer uma viagem interior, olhar para nossa história de vida, e identificar quais são os problemas recorrentes, a raiz, a causa dos mesmos. A gente escuta/diz: "Bah, estou novamente vivendo isto? Por que será?"
Sabe aquelas situações de vida que se repetem, ciclicamente? Sejam elas de relacionamento, de finanças, trabalho, etc.? Aí está nosso calcanhar. Tendemos a cometer os mesmos erros, enganos e escolhas equivocadas, devido a esta vulnerabilidade, que influencia nossas decisões, e nos leva a becos sem saída.
Enquanto não tomarmos consciência deste gatilho, continuaremos a reprisar velhos filmes. Geralmente, somos rápidos em identificar isto nos demais, mas quando temos que realizar este exame minucioso, em nós mesmos, e encontrar a causa primária de nossos enganos, analisar, e ver como podemos, hoje, lidar com eles, de uma forma construtiva, sem consequências danosas, ficamos perdidos.
Qual a razão primeira deste nosso ponto vulnerável? Uma carência, um trauma infantil, ideias enraizadas e preconcebidas? Se não fizermos esta parada e análise, tendemos a continuar a repetir estes padrões repetitivos de comportamento, indefinidamente.
Não adianta culparmos nossos pais. Isto é simplista. Nos isentamos de responsabilidade; eles, também, tinham suas deficiências, seres humanos, não perfeitos. Há, simplesmente que identificar a questão, e ver como podemos, hoje, como adultos, lidar com a questão. Vamos permitir que nos domine e continue a direcionar nossa vida?
Sempre que tomamos consciência de nossos pontos fracos, vulneráveis, temos melhores condições de lidar com as situações /adversidades, e saímos fortalecidos.
Acredito que nosso calcanhar está, usualmente, direcionando nossas escolhas e gerando uma tendência de tentar compensar, de certa forma. Pode ser oriundo de trauma, carência, medo, necessidade de estabilidade, dificuldade de relacionamento, insegurança, etc. Somente através de nossa conscientização, teremos um caminho para lidar com a situação. Na realidade, todos temos nossos pontos fortes e fracos, mas precisamos desenvolver auto consciência para poder encontrar um equilíbrio para poder viver/ conviver de forma mais saudável e produtiva.
Eu, por exemplo, sei que tenho a tendência a me iludir, confiar em excesso, e criar laços de afeto, apostando nas boas intenções do outro; já quebrei muito a cara com mentiras, desonestidade, falsidade. Algumas duras lições, e muita decepção! Então. hoje, procuro evitar a confiança excessiva, mantenho algumas guardas. Deixo meu radar ligado contra possíveis ataques/decepções. Sou menos aberta, mais desconfiada, guardada, investigativa. Ruim, né?
Acredito que há que encontrar um meio termo. Tentar lidar com nossa fragilidade, sem ficar insensível, frio e indiferente. Manter a empatia, a humanidade, mas com uma capa protetora para resguardar nossas emoções mais profundas.
Cida Guimarães
01/03/2024
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