segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

" The Leisure Seekers"

 







                                         
Wow, que filme lindo! Tocante, emocionante!  Te leva do riso ao choro, da surpresa, e até  choque, incredulidade à introspecção,  reflexão profunda, indagações.  Como me sinto diante desta realidade? 

Há cenas/ situações com as quais me identifiquei profundamente. Foram muito parecidas, quase vivenciadas. 
Me reconheci em determinadas situações, falas. Qual o sentimento?  Meu Deus, as reações são similares por serem tão humanas!

O filme é  "The Leisure Seekers" na Netflix, com o Donald Sutherland e a Helen Mirren. Maravilhosos em suas atuações, nos levam do  choque, questionamento ao riso e às lágrimas.

 Gente,  como já falei, o filme me fez reviver emoções. Como lidar com nossa impotência  frente  ao sofrimento e inadequações de um ser amado? às situações da vida?
  O incrível  é você  estar velho, cronologicamente e, talvez, no filme, fisiologicamente, mas se sentindo jovem, pleno de sonhos, com as mesmas necessidades emocionais de sua juventude, e constatar que você está no fim da linha, que seu futuro, se houver, é ficar em uma casa de repouso, ou submetido a um tratamento horrível e ineficaz.
Não vou contar toda a história porquê, realmente, vale a pena assistir, principalmente, se você já passou dos 60, ou teve parentes, com doenças terminais, ou com Alzheimer.

O filme leva a um questionamento e a um repensar da velhice. Afinal aos olhos de muitos, os velhos já não têm direito a sonhos, ao amor, e principalmente a serem os responsáveis por suas vidas. 
Será que não podem viver, como lhes aprouver? Será que não podem fazer suas próprias escolhas  já que ainda estão vivos, têm seus sonhos e necessidades próprias, e não podem ser meramente reduzidos a "coitadinhos, estão tão velhinhos"?  Ou será que temos que controlá-los, restringir suas  vontades e sermos os árbitros, decidindo por eles, como devem terminar seus dias ?

 Acredito que vale a pena usar de nossa empatia, colocando-nos em seu lugar, e estabelecendo que final de vida iríamos querer para nós.  Afinal, morrer todos nós vamos, de uma maneira ou outra; então, melhor deixar que cada um tenha o fim que desejar, e que este seja  com dignidade e felicidade.

Além desta temática, o filme é um hino ao amor, sem idade, sem preconceito, sem ilusões. O amor que nutre, que cuida, que é incondicional. O amor como a centelha de vida.


Cida Guimarães
26/02/202

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