Será que a proximidade da morte nos humaniza, ou ao antever o fim, se aguçam nossas características viscerais?
Questionamentos que surgiram ao presenciar a agonia de diferentes entes queridos. Parece que há um desespero, um querer controlar, o que nos cerca, ferir aqueles que amamos, como se, desta forma, nos livrássemos do pânico, e reouvéssemos o controle que estamos, gradativamente, perdendo.
Estas são inferências baseadas em minhas observações, e vivências.
Precisamos manter a tranquilidade, não deixar que estas atitudes nos afetem, e controlar a emoção, que está em turbilhão. Somos donos de nós? Nem sempre!
Que difícil e intrincado é o ser humano! Pleno de contradições, e sentimentos conflitantes.
Durante nossa vida passamos por diferentes tipos de agonia, e morremos de certa forma, ou pelo menos, parte de nós, e recomeçamos, várias vezes, sendo outros, até nossa morte final, que virá encerrar uma jornada, na qual teremos ou crescido, e nos tornado seres melhores, ou permanecido na ignorância.
O que nos impele à mudança? Somos humildes o suficiente para sermos vigilantes de nós, não dos outros?
Como enfrentaremos nossa hora final? Tranquilos de que cumprimos nosso papel ou lamentando, nos culpando por nossas omissões e falhas?
Sei que errei muito, mas sempre com a intenção de fazer o bem, não o mal, e já morri, muitas vezes, renascendo como uma versão distinta de mim, portanto o desencarne será o descanso para uma alma cansada e sofrida, mas creio que há, ainda, um caminho a ser percorrido.
Que a hora final seja, quando vier, breve e sem agonia.
Cida Guimarães
19/09/23
❤️🙏
Cida Guimarães
19/09/23
❤️🙏
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