Sentimento que pode ser lindo, triste, romântico, nostálgico, e que nos invade de diferentes formas.
Palavrinha que gostamos de dizer ser propriedade de nosso idioma, dificilmente traduzida em outras línguas. Será? Talvez não exista uma palavra equivalente, em todos seus sentidos. Em uma pesquisa sobre termos mais difíceis de serem traduzidos, ficou em 7º lugar. Todo idioma tem palavras e expressões que são muito particulares, e não possuem um termo equivalente nas demais línguas.
Saudade tem sua origem no latim "Solitatem" (solidão), mas adquiriu, com o galego, novo sentido. Usamos o termo de forma nostálgica, triste, romântica, e para marcar a importância dos demais em nossa vida, sinalizando a falta, pela distância, dos seres amados, dos lugares, que nos marcaram; quando perdemos alguém, algo, ou nos perdemos de nós mesmos. Você já sentiu saudade de você mesmo?
Eu acho esta palavra linda, e há momentos em que o sentimento também é gostoso. É bom lembrar cenas de nossa infância, juventude, datas e eventos que ficaram na saudade. Recordar os filhos pequenos, suas descobertas, vitórias, percalços. Lembranças queridas de momentos que não vão voltar. e que gostaríamos muito de reviver, matar as saudades. Talvez, viver, mais intensamente, cada uma das fases de nossas vidas que, hoje, já estão empanadas, e esmaecidas pelo tempo. Entretanto, nunca conseguimos, pois, mesmo que a gente reviva a experiência, esta não é, e nunca será igual, e ficará sempre a saudade do que foi e não é mais.
Há tantas pessoas que passaram em minha vida das quais sinto muitas saudades! Umas, já, não mais vou encontrar; talvez, em outro plano. Ficaram em mim. Outras, que ainda é possível, mas fica a dúvida de como será este reencontro. A mesma energia, sintonia, laços de afeto, ou a distância já terá criado um muro de frieza e reserva?
Sim, a distância aumenta a saudade, mas também cria muros de proteção, nos torna mais reservados, sem a mesma naturalidade, intimidade. Já não mais compartilhamos nossas dores, e amores, nossos bons e maus momentos.
Ela preparava tudo, com muito amor e cuidado. Sempre se doando.
Uma comida, um cheiro, provocam em nós sensações de pertencimento. Os doces em compota que mamãe fazia: laranja-azeda, figo, doce de batata-doce, de abóbora. Sempre havia um docinho. Recordo-me que mesmo já com idade avançada, fazia seus doces, que nos ofertava quando a íamos visitar, dizendo: "Um docinho de batata-doce, um licorzinho?"
Lindo texto mãe e muitas saudades da infância, da vó, das reuniões na casa da vó aos domingos, família reunida, saudades do pai e da inocência da infância ❤️
ResponderExcluirObrigada querida! São memórias, e saudades lindas.
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