quarta-feira, 19 de maio de 2021

Qual o papel da escrita em sua vida? (1a parte)



Faz quase um ano,  que iniciei este ‘blog’, que surgiu de minha necessidade de organizar o conhecimento, que venho adquirindo nos cursos, iniciados em 2019, e também expressar minhas emoções, percepção e entendimento sobre eles, e sobre outros assuntos que me tocam (minhas reflexões pessoais).  

O ato de resumir as lições,  expressar a minha visão,  tem sido fundamental no processo de reflexão, análise, e compreensão das mesmas.  Nenhuma leitura, entretanto, é passiva; é sempre uma simbiose entre texto e leitor. Fazemos inferências, interpretamos, conforme nossas vivências, e maturidade, e o produto de minhas postagens está impregnado de minha visão do material estudado.  Minha única frustração  é que apesar de mais de mil visualizações, ninguém interagiu com algum comentário, pergunta, crítica  ou observação, e a sensação é de monólogo. Não tenho ideia de como estes textos estão sendo recebidos.  Minha explanação tem sido clara, objetiva? Tem ajudado? Leva a questionamentos? Mil perguntas, sem respostas....  
Apesar da falta de "feedback" me deixar sem um cenário claro; considerando que não sei se os que têm acessado são sempre os mesmos, se meu estilo,  agrada ou não, continuo este Blog porque para mim, é terapia pura, e me leva a entender  melhor tudo que estudo, e vivencio, e irá ficar como legado de meu amor pelo conhecimento.

Entender a nós mesmos, como  seres humanos, falíveis, cheio de imperfeições é das tarefas mais árduas.  Tenho a sensação  que passei parte de minha vida no piloto automático, olhando tudo com viseiras, que me impediam de ver o que ocorria ao meu redor. Sempre focada no trabalho, na família, na casa, me perdi de mim mesma,  e do que acontecia de relevante, e o que, realmente, importava. Tanta coisa que não curti, não vivi, não fiz. Acredito que comecei a viver de forma "mindful" na minha fase madura,  quando conquistei uma independência financeira e emocional, e pude tomar as rédeas de minha vida, e me dedicar a outros interesses.  Sou, hoje, outra pessoa, e posso, com o distanciamento adquirido, olhar para minhas ações, e me surpreender com minha dedicação, entusiasmo, arrojo, destempero, e muitas vezes teimosia. Orgulho-me de várias  conquistas;  me envergonho de algumas atitudes, mas tudo foi aprendizado, crescimento, pessoal e profissional.


Hoje, me conheço melhor, identifico meus pontos fortes e fracos, sei o que me tira do sério, e cada dia me sinto mais livre,  mais segura de mim mesma, sem necessidade de aprovação, e despreocupada sobre a imagem que posso estar passando. Desenvolvi minha auto estima, auto imagem e valor e, consequentemente, me sinto liberta para ousar e expor ideias, e sentimentos. A escrita é  parte de minha vida. Sempre registrei acontecimentos importantes em um diário, minhas viagens, em um "blog"; enfim, a escrita sempre me ajudou a reter e processar informações.
Atualmente, é muito abreviada nas mensagens de texto, quando não adulterada pelos corretores automáticos. Li, em algum lugar, que as palavras na ‘internet’ são como tatuagens digitais. Faz todo o sentido, pois é difícil, impossível até, apagar as mensagens escritas, e mesmo quando conseguimos, já foram lidas e repassadas.  É tudo muito rápido e perigoso. Sem tempo para processar, corremos o risco de atropelar a comunicação.



Escrever, para mim, é uma forma fantástica de organizar  ideias, pensamentos,  não deixando que os mesmos se transformem em emoções, e sejam extravasados  de forma descuidada e perigosa.  Estou terminando meu último curso na área psicológica, e já estou pensando qual será o próximo.
 
Como você se sente a respeito?
Compartilha alguma de minhas ideias ou elas lhe parecem totalmente, sem sentido? Você não precisa se identificar, se não quiser, mas  adoraria saber como  estas ideias ressoam em você. 



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