O ser humano experimenta a vida, internamente, em 4 formas básicas. Através do raciocínio, utilizando sua razão; através das emoções, com sentimentos de tristeza, alegria, etc; de seus anseios e princípios fundamentais; e dos objetivos que traça para sua vida.
Óbvio que também experimenta, e, como, maravilhosamente, através de seus 5 sentidos, mas esta não é uma prerrogativa do ser humano, compartilha também com o reino animal.
1. RACIOCÍNIO:
De forma analítica, lidando com as questões complexas, utilizamos nosso intelecto para avaliar nossas decisões, resolver problemas. A razão é inquisitiva, e está sempre em busca de respostas. Esta é a parte que nos leva a dar um passo atrás e considerar: "O que eu devo fazer agora? " Qual o próximo passo?".
Esta é uma função crucial para uma mente saudável. Entretanto, há ocasiões que poderia ser mais útil aquietar a mente. Por exemplo, quando lidamos com as grandes questões da vida. Para estas questões, não vamos encontrar respostas absolutas. Há inclusive uma certa paz e um sentimento de alívio em aceitar que não sabemos, e não temos como descobrir a verdade. Não vamos encontrar respostas para tudo.
Geralmente, funciona bem, exceto quando nos vemos buscando respostas para tudo que nos acontece na vida. Isto limita a espontaneidade e criatividade. Quando usamos nossa mente analítica, não seguimos o fluxo da vida. Um fascinante estudo comprovou que quando os músicos de ‘jazz’ improvisam, há menos atividade na parte pré-frontal do córtex (parte racional da mente). O pensar demais, geralmente, estraga a obra, especialmente, se rejeitamos cada ideia que vem a mente. Geralmente aqueles que têm dificuldade em conversações é porque ficam ensaiando o que vão dizer, não se permitem ser naturais e autênticos.
Também te leva a julgar a você mesmo, e aos outros de forma dura, por vezes, negativa. Consciente ou inconscientemente, formamos opiniões e rotulamos pessoas colocando-as em categorias. As vemos como "bons", "maus", "inteligentes"," burros"," atraentes"," malucos", etc. Mesmo quando categorizamos de forma positiva, isto pode ser negativo, pois estabelecemos comparações conosco, e acabamos nos achando não suficientemente bons ou capazes.
Nossa mente analítica nos consome energia. Quanto mais focamos nestes pensamentos, menos energia temos para encarar o momento presente. Você quer justificar todas suas emoções, sentimentos. Quando você racionaliza demais, perde de aproveitar as sensações. Nunca vamos nos entender e aceitar da perspectiva analítica e limitada da mente.
2. PRINCÍPIOS/ ANSEIOS:
Nossos anseios mais profundos são a razão porquê fazemos as coisas na vida. São nossos valores enraizados, e têm um valor incomensurável em nosso bem-estar emocional. Somos autênticos, quando agimos em conformidade com nossos valores básicos, e adormecidos; sem rumo, quando os desconsideramos. Temos que ter consciência quais são os valores que nos direcionam, questionar, descobrir nossas motivações. É desafiador porque há inúmeras coisas que valoramos, mas há que identificar as fundamentais. Quais você gostaria de ser lembrado por?
O que te define? O que é mais importante em sua vida? Qual sua visão de vida? Você conhece os valores que te direcionam?
3. EMOÇÕES:
Consciente ou inconscientemente, durante momentos de desafio, fazemos escolhas que determinam a qualidade de nossas vidas. Se formos capazes de fazer escolhas maduras, vamos crescer em confiança,e efetividade em nossos relacionamentos. Não crescemos quando tudo é fácil e tranquilo, e tudo corre bem. Crescemos quando temos que enfrentar problemas, e lidar com nossos medos, dores, ressentimentos. Nossa resposta não pode ser oriunda deles. Há que conseguir enxergar, sem o véu destes sentimentos a toldar nossa visão.
Há pontos a considerar, quando enfrentamos desafios. Considere um momento recente de ‘‘stress’, leia abaixo, e constate qual foi sua reação. Levou estes pontos em consideração?
a. Assumir responsabilidade.
Se o problema foi oriundo de uma ação sua, procure identificar o que causou, que lição você pode tirar da situação. Constate as consequências, e veja o que melhor há para fazer.
b. Ter clareza do caminho a seguir.
O que você quer, que resultados deseja atingir? Procure clareza do que será necessário para chegar lá. A situação não vai mudar radicalmente. É um processo que vai demandar dedicação, persistência, e auto controle.
c. Responder com Integridade.
Sem desculpas, ter consistência para perseguir os objetivos. Temos que sacrificar pequenas satisfações, ou prazeres. Esteja inteiro na sua escolha. Saiba os desafios que terá que enfrentar e veja se está preparado. Defina estratégias para lidar com a situação. Esteja inteiro.
4. OBJETIVOS:
Quando vivemos guiados por metas, precisamos ter clareza na definição de nossos objetivos. Esta definição vai depender da confiança que temos em nosso valor, do grau de nossa auto estima, e de nossa capacidade de resolver problemas, nosso valor intrínseco. Quanto mais confiantes e maior for nossa consciência de nosso valor, mais garra teremos para ir em busca de nossos objetivos.
Todos nós utilizamos estas formas de experimentar a vida, mas dependendo de nossa história pessoal, nossa personalidade, seremos mais racionais, emotivos, focados ou não. O importante é considerarmos onde somos mais fortes, e que aspecto precisamos trabalhar e desenvolver.
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