quarta-feira, 20 de novembro de 2024

VIDA & MORTE

Vida & Morte!



Quando recebemos prognósticos terminais sobre seres amados,  começamos a viver a morte, por antecipação. Morte, que na realidade é parte da Vida. Não ĥá vida sem morte;  tudo precisa morrer para voltar a viver. Sabemos disto!  Entretanto, vivemos como se nunca fossemos morrer.

Damos valor a coisas vãs, descartáveis, nos preocupamos  com banalidades,  e somente quando  a vemos tão de perto,  nos damos conta da inutilidade de tantas coisas.

Estou vivendo  isto pela segunda vez. É um  perder a conta-gotas, sofrendo  a cada novo evento, como uma despedida. É estar, sempre, em estado de alerta, perdendo por antecipação.

Que difícil viver  com medo,  mesmo tendo a noção, que a morte não é um fim a ser temido, evitado, a todo custo, e sim, mudança, troca de estado,  de matéria, para puro espírito, e que temos que buscar encontrar a luz, a paz, a regeneracão.

Vida e morte são complementares, dois lados de uma mesma moeda. Se é a única certeza que podemos ter, que todos iremos morrer, por que não a naturalizamos e encaramos como  previsível, sem drama, como uma separação temporária?
Não tenho esta resposta. Você tem? Comente, dê seu ponto de vista.


Cida Guimarães
19/11/24

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

FINADOS!

Dia de Finados!

Dia dos mortos, findos, que nâo  estão mais entre nós.  Finados? Nâo, não gosto deste nome, näo me parece apropriado.

Quando falamos em algo que está finado, pensamos em acabado, extinto, e para mim,  meus amados não estão finados, estão,  sim, todos, muito vivos em mim. Suas almas, também  permanecem vivas, só mudaram de estado, de nível, de vibração.

Uma oraçäo para todos meus queridos, que, hoje, estão em outro plano, mas bem vivos, eternos,  em meu coração.

Muita paz e luz, sempre!

Cida Guimarâes 
02/11/24
  

sábado, 26 de outubro de 2024

Bom, Ruim ou ambos ?

 Bom, Ruim, ou ambos?


Acredito que tudo, sempre, tem dois lados. Nada é,  por si só, bom ou ruim. Talvez, no momento,  não consigamos ver o outro lado de algo, mas depois, com distanciamento,  constatamos  o que, no momento, passou despercebido.

Ficamos tão empolgados ou massacrados com o  ocorrido,  que nossa capacidade de olhar, além do fato, fica toldada, e não  temos isenção suficiente para ver suas implicações  positivas e/ ou negativas.  

Somente com o passar  do tempo, e com as emoções já apaziguadas, conseguimos ver o que ganhamos com determinada perda, e o que perdemos com o que nos parecia  tão maravilhoso. Só  então, conseguimos analisar, colocar tudo na balança, e constatar os ganhos e perdas de  nossas escolhas.

Esta dualidade nos ensina a apreciar as situações,  e seus ensinamentos, sem prender-nos em  opiniões pré-estabelecidas,  juízos de valor, anseios acalentados e projetados, e  também a termos mais isenção, distanciamento, em nossas análises e julgamentos.

Cida Guimarães 

10/10/24

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

ESPERA


ESPERA!

Na sala de  espera do bloco cirúrgico, ansiedade e muito nervosismo , mesclando-se,  cabeça a mil, fico a pensar  que nossa vida é  feita  de esperas, .e eu já idosa,  ainda não aprendi a esperar. É muito aflitivo!  Provavelmente, não será nesta  vida que vou aprender a esperar!

Quando pequenos temos crenças infantis,  lindas e cheias  de encanto, e aguardamos com muita ansiedade estas datas, plenas de magia; depois,  nossa  espera ansiosa para termos  a idade certa, e estarmos aptos a fazer tudo que aspiramos. 

Espera se  para  nascer, viver, crescer, ser feliz e, finalmente, morrer, e ainda assim, não aprendemos a esperar. Eu, pelo menos, ainda não, e tampouco a fazê-lo,  sem expectativas, sem um cenário já delineado, pleno de felicidade,  ou carregado de desventuras.

Sofre-se por antecipação e  muitas vezes, não  apreciamos o suficiente  nossas bençãos  por  as termos sonhado ou pensado distintas.
Fazemos cursos  de meditação, mindfulness  e, ainda assim, não aterramos no hoje, no agora, que é só o que temos realmente. Difícil  espera!

Cida Guimarães
25/10/24

sábado, 7 de setembro de 2024

VIDAS COMPARTILHADAS


Segundos, minutos, horas,  que se arrastam ao som de monitores, que bipam,  baloēs de oxigênio que pingam, luzes que se acendem , e portas que abrem e fecham. Sempre tem alguém  entrando ou saindo,  e você se acostuma a rotina de aventais, luvas, máscaras, ácool. sons, bips, conversas, lamentos, etc.


Neste universo impessoal, frio, sanitizado, protegido, mas carregado de emoções, há um batalhão múltiplo de trabalhadores da saúde, e outros milhares de sofredores, doentes, de todos os tipos e graus. É vida nascendo, sofrendo, lutando, e morrendo. É  paixão, alucinação, doação. É  comunhão de vida, de dor, de compaixão!

Em dias, semanas  e,  às  vezes, até meses, vivemos,   observamos e compartilhamos  momentos, dores, casos, em múltiplas histórias,  que nos levam a meditar, a rever posições,  a olhar para o que temos  de privilégios, a crescer,  e aprender, e, a cada vez mais,  valorizar, cada minuto de nossas  vidas, e  nossas bençãos.

Cida Guimarães
08/09/2024

domingo, 30 de junho de 2024

Vivendo o Hoje"

                                  Minha Reflexão do dia é "CARPE DIEM" . Curta o Hoje!


Com a mente vazia  de ideias, sem inspiração, fico só olhando este mar caudaloso,
que vem com fúria lavando a praia, tomando espaços,  que seriam seus de direito. Me maravilho, espanto, e me espelho  nesta natureza linda, e que nos diz tanto sobre nós mesmos.

Sim, somos, também, como este mar bravio e incontrolável. Tomados por nossas emoções, muitas vezes avançamos em territórios outros, destruímos  cercas  de proteção, causamos estragos profundos.

Sempre a dualidade entre a falta e o excesso, a força e a fraqueza, o cheio e o vazio, a tagarelice e o silêncio, o muito e o nada, e nossa eterna insatisfação com o que vivemos no momento.

Olhamos para o que falta e nâo  para o que temos e vivenciamos,  e deixamos de curtir a beleza do que é.   Há que apreciar  cada estado de vida, por mais difícil e doloroso que seja, pois ele nos leva a entender o seu oposto, e a  valorizar  o que nos proporciona de ensinamento.



Cida Guimarães
30/06/24

sexta-feira, 7 de junho de 2024

CERTEZAS

  



Hoje tenho muito poucas.  Tenho mais dúvidas  e questionamentos. Talvez as poucas certezas  que permanecem são  a de que Deus existe, e está em cada um de nós, e nesta  natureza linda, e que nos fala, através  dela,  às  vezes lindamente;  outras,  tempestuosamente.

Deus é  esta linda energia de amor!

Tenho certeza que a vida é  linda em sua feiura, e muito, muito curta,  e que não podemos nos atrelar às nossas certezas, que serão sempre  mutáveis, questionáveis, já que os outros,  e  tudo mais, serão, sempre,  incógnitas a serem  desvendadas, compreendidas , avaliadas, aceitas  ou não, mas respeitadas, mesmo que opostas as  nossas.

Portanto, vamos nos livrar de ideias arraigadas,  conceitos limitantes, juízos de valores,  ser e dar nosso melhor,  deixar  o juízo sobre os demais de lado, curtindo esta breve vida, com fé, coragem e vontade de aprender e ser melhor.

Cida Guimarães
09/06/24



terça-feira, 14 de maio de 2024

Corrente de Amor!



 Que sensação estranha nos sentirmos culpados por não estamos participando, ativamente, de algo trágico, desesperador! 

Sim, quando a tragédia de um desastre ambiental, de proporções inimagináveis, atinge tua cidade, teu estado, deixando ambos devastados, milhares de pessoas, desabrigadas, mais de uma centena de mortos, quase meio milhão de cidades atingidas e parcialmente destruídas, centenas perdidas, você se sente culpado por ser um privilegiado, por não ter sido atingido. 

Parece que estamos vivenciando dores em cadeia, sofrimentos  que se sucedem, não dando lugar à leveza, à felicidade, ao riso, ao prazer. Não sei se sou eu, que, desde 2020, venho vivenciando só dores, doenças e catástrofes, tendo minha sensibilidade  aflorada, ou se o mundo, realmente, está de cabeça para baixo e  tudo vem acontecendo, em uma sucessão mundial de horrores. São tragédias ambientais, guerras, conflitos.  A vida está difícil, os relacionamentos tensos.
O individualismo, a falta de empatia são males, desta época,  em que tudo é muito rápido, há pouca interação real, muita busca do prazer e satisfação instantâneos.

 Então toda esta tragédia trouxe a reboque um lindo sentimento de solidariedade, de amor, de empatia por esta parte do país,  que está sofrendo tanto. O Brasil vem, se mobilizando em  campanhas de doação para ajudar as milhares de pessoas que, hoje, se encontram em abrigos, sem saber para onde irão, e como conseguirão reconstruir suas vidas. Lindo ver este amor!

Nós, gaúchos, somos um povo aguerrido, batalhador, e vamos conseguir ir em frente e reconstruir nosso rincão. Não vai ser fácil, mas, com certeza, chegaremos lá.


Cida  Guimarães 
15/05/2024


sexta-feira, 3 de maio de 2024

Gratidão!

    GRATIDÃO!

 Gratidão  a Deus pela vida e tudo o que ela envolve, natureza, clima, pessoas, relacionamentos, emoções. É tão imprevisível, tão surpreendente!  No entanto, esta é a maravilha. Nos leva  dos picos de felicidade à tristeza, ao fundo do poço.

 Sim, gratidão, mesmo neste período doloroso, quando minha cidade, estado, foram devastados pelas águas, de uma maneira nunca imaginada.  Uma enchente que inundou Porto Alegre, e várias cidades. Piada?  Não, sou imensamente grata por meus filhos, minha família, não terem sido atingidos, por estarem sãos e salvos.

Experimentamos, às vezes, durante um mesmo dia, uma ampla gama de emoções. Tudo muda rapidamente, nada permanece igual, mas se você pensar bem, isso é Deus nos abençoando.

Sim, ele está nos permitindo vivenciar todo tipo de experiência, nos levando a desenvolver consciência, e humildade para lidar com  vantagens, como sucesso, fama, amor, dinheiro, sem nos sentirmos superiores, orgulhosos e insensíveis, mas ele também exige que desenvolvamos força para enfrentar as dificuldades, sem nos tornarmos vítimas.

Deus nos oferece as oportunidades necessárias para aprendermos, melhorarmos e, assim, nos tornarmos versões melhores de nós mesmos. Então vamos viver, aprender e agradecer!

Cida Guimarães
03/05/24

sábado, 27 de abril de 2024

E Agora ?




l divagações, não me encontro. Só vejo restos, sombras do que fiz, do que fui, do que pensei, e acreditei.

Hoje, sou outra, e não sou; me gosto e me estranho, talvez, não saiba bem ainda quem sou. O que quero, ainda, para mim?  Está confuso, dificil de entender porquê está tudo mudando, muito rápido.

 Gosto desta nova mulher, mas receio suas escolhas. Me enredo em tantas histórias, que me envolvem, comovem.       Que incrível são os universos individuais. os sonhos, as quimeras, os devaneios!

Minha vida, meus sonhos, meus anseios também estão  em processo, nublados, se avolumando. Vou levando, buscando me achar. Há que persistir, não  desistir até  o sol sair. Já está despontando!


Cida Guimarães

10/04/24